4 Julho chegou com novidades no 40 quilates!

 Após um período de muitas provas e preocupações acadêmicas, resolvi trazer ao 40 quilates muitas novidades e coisas bacanas para se compartilhar! A primeira é que na nossa fanpage, semanalmente, vocês poderão votar no filme que acharem mais interessante  pra postar aqui no blog. Isso ajudará saber o qual gênero de filme vocês mais gostam, porque como pode-se ver nesses últimos meses, eu adoro postar sobre comédias românticas e musicais (bem como sobre a linda/eterna/diva Audrey né?).
 A segunda é que farei tutoriais de moda sobre determinados filmes (só porque é legal saber como algumas coisinhas são feitas, tipo inspirações, maquiagem e roupas no cinema).
A terceira e última novidade do nosso blog é que esse mês faço aniversário (26 de julho!) farei algo bastante novo para mim: vou presentear um de vocês no dia em que comemoro meu nascimento com um box rubi de dvds da Audrey Hepburn! São três filmes: Bonequinha de Luxo, A Princesa e o Plebeu e Sabrina. Para participar vocês deverão curtir a página do 40 quilates no facebook e compartilhar a foto do presente que está na página!  Ah e lembrando que o sorteio será realizado no dia 26 de julho e será divulgado por aqui, ok?!

Boa sorte pra vocês!



Coleção Rubi da Paramount será sorteado no dia 26 de julho!







4 Saiba Mais Sobre: Audrey Hepburn

Atriz, modelo e humanista , a menina nascida em  Bruxelas em 1929 é ícone de elegância e simplicidade que sobrevivem até os dias de hoje. Hepburn torna-se uma das maiores estrelas do cinema americano de um modo bastante interessante. Nos anos 60, em meio a tantas atrizes loiras, cheias de curvas e seios fartos (uma espécie de sonho americano para os homens da época, ex: Marilyn Monroe) surge Audrey, uma magrela, morena, e que tinha pés demasiadamente grandes para o restante do seu corpo. Como ela conseguiria sobreviver no mundo do cinema de Hollywood? Simples, bastava olhar para o seu rosto, que era quase auto-explicativo.




em Como Roubar Um Milhão de Dólares



em Funny Face (Cinderela em Paris)


Audrey nunca precisou expressar-se com exageros para atuar. Rios de lágrimas para demonstrar tristeza, sorriso enorme para demonstrar alegria... não! Tudo ela fazia com um olhar, que traduzia ali todos aqueles sentimentos,  um simples olhar que colocava o público em suas mãos. Acompanhem sua filmografia:

Filmografia

  • 1948 - Dutch in Seven Lessons (documentário)
  • 1951 - Nous Irons à Monte Carlo
  • 1951 - Laughter in Paradise
  • 1951 - One Wild Oat
  • 1951 - O Mistério da Torre (The Lavender Hill Mob)(1951)
  • 1951 - Young Wives' Tale
  • 1952 - The Secret People
  • 1952 - Monte Carlo Baby
  • 1954 - Sabrina
  • 1956 - Guerra e Paz
  • 1957 - Cinderela em Paris
  • 1957 - Amor na Tarde
  • 1959 - A Flor Que Não Morreu
  • 1959 - Uma Cruz À Beira do Abismo
  • 1960 - O Passado Não Perdoa
  • 1961 - Breakfast at Tiffany's (Bonequinha de Luxo no Brasil, Boneca de Luxo em Portugal)
  • 1961 - Infâmia
  • 1964 - Quando Paris Alucina
  • 1964 - Minha Bela Dama
  • 1966 - Como Roubar Um Milhão de Dólares
  • 1967 - Um Caminho Para Dois
  • 1967 - Um Clarão Nas Trevas
  • 1976 - Robin e Marian
  • 1979 - A Herdeira
  • 1981 - Muito Riso e Muita Alegria                                        
  • 1989 - Além da Eternidade                




Além da carreira admirável que Audrey construiu, seu papel principal foi como embaixatriz da UNICEF,  onde dedicou os cinco últimos anos de sua vida a viagens e missões em diversos países. Dizem que essas viagens teriam influenciado bastante no seu conhecimento de línguas (Audrey falava fluentemente francês, inglês, italiano, neerlandês e espanhol).  


Em missão na Etiópia

Audrey e crianças em Bangladesh



                                             
tubinho preto usado em Bonequinha de Luxo, clássico de Hubert de Givenchy


Em 1953, Hubert de Givenchy conheceu a sua musa inspiradora, Audrey Hepburn, e passou a criar modelos para seus filmes, como Sabrina (1954) e Cinderela em Paris (1957). Mas a roupa mais inesquecível da atriz norte-americana é a do filme Bonequinha de luxo, de Blake Edwards (1961), com um vestido preto longo, piteira e colar de pérolas. Essa peça também imortalizou o conceito de “pretinho básico” - vestido preto de estrutura minimalista e curinga para qualquer ocasião - criado por Coco Chanel nos anos 20.


detalhe costas do tubinho de Bonequinha de Luxo

em como Roubar Um Milhão de Dólares, usando Givenchy
em Charada, usando mais uma vez Givenchy
     




Marilyn Monroe que me perdoe, mas quem precisa de curvas com a elegância e estilo que Hepburn tem? 

em Bonequinha de Luxo
 "O pretinho básico foi imortalizado por Audrey Hepburn na década de 1960 por causa do guarda-roupa deslumbrante criado pelo estilista Hubert de Givenchy para o filme Bonequinha de Luxo. Mas o modelo passou por vários momentos marcantes na história da moda. No século XIX, virou mania graças à rainha Vitória, que investiu na peça até o fim dos seus dias. O hábito se espalhou pela Inglaterra e Estados Unidos e a cor preta acabou se transformando em sinônimo de austeridade."
"Nova York ainda estava mergulhada no silêncio das primeiras horas de um dia de outono. Em pleno coração da ilha de Manhattan, na esquina da Rua 57 com a Quinta Avenida, um táxi encosta na calçada deserta e dele salta uma mulher delgada e finamente trajada. Vinha de luvas e longo pretos, sapatos de couro de jacaré, pérolas sobre o colo estreito, uma tiara de brilhantes a coroar-lhe o coque no alto da cabeça e óculos escuros para que o sol que começara a tocar o topo dos prédios não incomodasse sua vista acostumada com a madrugada. Parou e olhou fixamente a vitrine daquele endereço: uma coleção de diamantes Tiffany estava exposta ali.
Com uma destreza e segurança que só as muito bem treinadas damas da realeza possuem, a bela figura tira da sacola que trazia no braço um pãozinho e sorve alguns goles do café do copo de isopor que levava à mão. A cena não dura mais que alguns minutinhos, mas nenhuma mulher, depois de assisti-la no filme Bonequinha de Luxo (Breakfast at Tiffany’s), teve dúvidas de que Audrey Hepburn poderia representar o ideal da feminilidade."
(Texto extraído de Audrey Hepburn: A bela do século, por Pilar Magnavita.)







Livros sobre Audrey
  •  Audrey Hepburn – Ed. Taschen

Este livro é daquela famosa série da Taschen, a Movie Icons. É uma mistura de filmografia com alguns fatos interessantes da vida dela, e recheado de fotos. Só tenho esse da série, mas um dia vou fazer uma coleção da série (pretendo ter também da Marilyn Monroe, Gene Kelly, Wood Allen, Katherine Hepburn, Cary Grant... gente, fica a dica aí, meu aniversário está chegando, haha!!!)
  • Audrey Hepburn in Breakfast at Tiffany’s and Other Photographs, de Howell Conant – Ed. Schirmer/ Mosel

Tem várias sessões de fotos de Audrey, inclusive no set de Bonequinha de Luxo, e são todas maravilhosas! 
  • Audrey Hepburn: The Paramount Years, de Tony Nourmand – Ed. Chronicle Books
Repleto de fotos – promocionais e dos intervalos das gravações -, este livro fala de todos os filmes que Hepburn fez do estúdio Paramount, entre eles: Sabrina, Bonequinha de Luxo e Cinderela em Paris.





xodós da Ninis 


cantando Moon River em Bonequinha de Luxo
Eu, particularmente, sou suspeita pra falar, mas como vocês devem notar, tenho na Audrey um exemplo de vida. Uma das maiores estrelas que o mundo cinematográfico já possuiu e insubstituível! E vocês, o que acham sobre Audrey Hepburn?




0 Saiba mais sobre: Gene Kelly

Poucas pessoas sabem, mas um dos maiores atores e diretores dos grandes musicais já produzidos é Gene Kelly, ator pelo qual sorriso sou completamente apaixonada! Vejamos a filmografia e algumas atuações de Kelly:



Cinema  - Ator
1994 -  Era uma vez em Hollywood 3 (That's entertainment! III)
1993 - The Young Girls Turn 25 (documentário)
1989 -  Action U.S.A.
1986 -  Pecado original (Sins)
1985 -  North and south
1985 - Quando Hollywood dança (That's dancing! - narrador e produtor executivo)
1981 - Reporters (documentário)
1980 - Xanadu (Xanadu)
1977 - Viva Knievel! (Viva Knievell)
1976 - Isto também era Hollywood (That's entertainment, Part 2)
1975 - The Lion Roars Again (pequena aparição)
1974 - Era uma vez em Hollywood (That's entertainment!)
1974 - Just One More Time (pequena aparição)
1973 - 40 quilates (40 carats)
1967 - Jack and the beanstalk (TV)
1967 - Duas garotas românticas (Les demoiselles de Rochefort)
1964 - A senhora e seus maridos (What a way to go! - também coreógrafo)
1960 - O vento será tua herança (Inherit the wind)
1960 - Adorável pecadora (Let's make love)
1958 - Something for the girls
1958 - Até o último alento (Marjorie morningstar)
1957 - Les girls (Les girls)
1957 - Todos a Paris (Happy road, The)
1956 - The Magic lamp  (voz)
1956 - Convite a dança (Invitation to the dance - também coreógrafo)
1955 - Motion Picture Theatre Celebration (pequena aparição)
1955 - Dançando nas nuvens (It's always fair weather -também coreógrafo)
1954 - Bem no meu coração (Deep in my heart)
1954 - Crest of the wave
1954 - A lenda dos beijos perdidos (Brigadoon - também coreógrafo)
1952 - Council of Europe (pequena aparição - narrador)
1952 - O diabo, a mulher e a carne (Devil makes three, The)
1952 - O melhor é casar (Love is better than ever)
1952  - Cantando na Chuva (Singin'in the Rain - também coreógrafo)
1951  - No palco da vida (It's a big country)
1951 - Sinfonia de Paris (An american in Paris)
1950 - Casa, comida e carinho (Summer stock)
1950 - A mão negra (Black hand)
1949 - Um dia em Nova York (On the town)
1949 - A bela ditadora (Take me out to the ball game - também coreógrafo)
1948 - Minha vida é uma canção (Words and music)
1948 - Os 3 mosqueteiros (Three musketeers, The)
1948 - O pirata (The Pirate  - também coreógrafo)
1947 - Vida à larga (Living in a big way)
1946 - Ziegfeld follies (Ziegfeld follies)
1945 - Marujos do Amor (Anchors Aweigh - também coreógrafo)
1944 - Férias de Natal (Christmas Holiday)
1944 - Modelos   (Cover Girl)
1943 - A cruz de Lorena (Cross of Lorraine, The)
1943 - A filha do comandante (Thousands cheer)
1943 - Du Barry Era um Pedaço (Du Barry Was a Lady)
1943 - O piloto nº 5 (Pilot #5)
1942 -  mi (For me and my gal)

                        
Cinema - Diretor
1949 - Um dia em nova Iorque (On the Town - com Stanley Donen)
1951 - Sinfonia de Paris (An American in Paris - diretor da sequência introdutória)
1952 - Cantando na Chuva (Singin' in the Rain -com Stanley Donen)
1955 - Dançando nas nuvens (It's Always Fair Weathe - com Stanley Donen)
1956 - Convite a Dança ( Invitation to the Dance)
1957 - Todos a Paris (The Happy Road - também produtor)
1958 - The Tunnel of Love
1962 - Gigo
1967 - A Guide for the Married Man
1969 - Hello, Dolly!
1970 - The Cheyenne Social Club (também produtor)
1976 - That's Entertainment, Part II (diretor de algumas sequências)

Teatro - Ator

Leave It to Me (1938) - One for the Money (1939) - The Time of Your Life (1939) - The Time of Your Life (1940 - segunda temporada - também coreógrafo) - Pal Joey (1940).

Gene Kelly além de diretor e ator é ainda coreógrafo

Teatro - bastidores
Best Foot Forward (1941 - coreógrafo), Flower Drum Song (1958 - diretor), Coquelico (1979 - produtor)

Televisão
Going My Way (1962-1963), Gene Kelly: New York, Boston (1966), Jack and the Beanstalk (1967 - também diretor), The Funny Side (1971 - show cancelado em 4 meses), Gene Kelly: An American in Pasadena (1978), North and South (1985 - minissérie), Sins (1986 - minissérie).

Mais Curiosidades:
  • 40 quilates (nome do blog) é de um filme de Gene Kelly chamado 40 Carats de 1973;
  • Sua primeira aparição foi na Broadway na peça Leave It To Me;
  • Depois de Cantando na Chuva, Kelly passou dezoito meses na Europa onde dirigiu o filme Convite à Dança;
  • De volta aos Estados Unidos depois de sua estadia na Europa, realizou vários filmes bem sucedidos e participou de diversos programas de televisão;
  • No início dos anos 80, a carreira de Gene Kelly encontrou em crise. Apesar disto, ele fora premiado por toda sua obra na Associação Americana do Filme em 1985;
  • Participou de Isto é Hollywood - parte 3, relembrando a Era de Ouro do cinema;
  • Gene Kelly casou-se três vezes! Sua primeira esposa foi Betsy Blair, com quem teve um filho, Kerry. E casou-se pela segunda vez, com Jeanne Coyne, mãe de seus filhos Bridget e Tim. A última esposa de Gene foi Patrícia Ward, que foi sua parceira até seus últimos dias de vida. Kelly morreu de derrame, aos 83 anos.

                                     uma das cenas mais inesquecíveis de Gene Kelly, em Cantando na Chuva




2 Charada

Charada (Charede), 1963, Universal Pictures, suspense/ comédia romântica


No melhor estilo "hithcockiano", Charada é uma mistura de suspense, comédia e romance (assim como o trailer sugere). Regina (Audrey Hepburn) está infeliz com seu casamento e ao voltar de uma viagem descobre que seu marido morrera de um modo bastante assustador – fora jogado de um trem, vestindo pijama. Antes de morrer, seu marido havia vendido tudo o que possuíam em um leilão, fugindo de Paris com 250 mil dólares como o diabo foge da cruz. O que mais intrigava a polícia além do modo como Sr. Lampert fora assassinado é que o dinheiro com o qual ele fugia, não estava mais com ele. A vida de Reggie vira um caos, pois todos (incluindo a polícia) passam a acreditar que o dinheiro estaria com a viúva. Três misteriosos homens passam a persegui-la com sede de vingança e estes irão procurar o dinheiro a todo custo. Surge então Peter Joshua (Cary Grant), um  amigo que a viúva fez na sua última viagem e finalmente alguém para se confiar de verdade (ou não) neste turbilhão de mentiras e traições.

A dupla de protagonistas não poderia ser melhor: o irresistível Cary Grant está no seu auge de maturidade e foi o terceiro último filme de sua carreira e Audrey Hepburn está radiante como nunca, numa fase de amadurecimento e beleza incríveis. Logo, a química dos dois é “quase perfeita” devido a diferença de idade entre os dois. Entretanto, para alguns os amantes do cinema, Cary Grant se comparado a todos os homens mais velhos com que Audrey Hepburn contracenou apenas ele estava compatível com a sensualidade e humor.

"Como você faz pra barbear aqui?" - uma das formas de Reggie de se esquivar das perguntas de Peter
Givenchy assina todas as roupas de Audrey em Charada     
                                                                          
Um dos pontos que fazem Charada ser um clássico quase que obrigatório na cabeceira para quem é fã desse gênero, é que o desfecho é surpreendente. Mesmo sem ser um gênero que este diretor tinha costume de dirigir, é magnífico como Stanley Donen consegue fazer tantas reviravoltas em um só filme e não perder a curiosidade do espectador, deixando até os últimos segundos de filme aquele suspense sobre o que vai acontecer. Não dá para esquecer a clássica música feita por Mancini, Charede que é belíssima e eternizou o filme.
Grant interpreta todos seus papéis ( Peter/Alex/Adam/Brian) com muito humor

.
Premiações e Indicações:
Oscar 1964  - Indicado na categoria de Melhor Canção Original (Charade).
Globo de Ouro 1964 - Indicado nas categorias de Melhor Ator - Comédia / Musical (Cary Grant) e Melhor Atriz - Comédia / Musical (Audrey Hepburn).
BAFTA 1965 - Venceu na categoria de Melhor Atriz Britânica (Audrey Hepburn).
- Indicado na categoria de Melhor Ator Estrangeiro (Cary Grant).
Prêmio Edgar 1964 (Edgar Allan Poe Awards, EUA) - Venceu na categoria de Melhor Filme.

                                                       trailer de Charada, 1963, em alta definição
                                          
Direção: Stanley Donen
Roteiro: Peter Stone
Produção: Stanley Donen
Elenco:
Cary Grant - Peter Joshua
Audrey Hepburn - Regina Lampert
Walter Matthau - H. Bartholemew
James Coburn - Tex Panthollow
George Kennedy - Herman Scobie
Dominique Minot  - Sylvie Gaudel
Ned Glass - Leopold W. Gideon
Jacques Marin - Insp. Edouard Grandpierre
Paul Bonifas - Sr. Felix, colecionador de selos
Thomas Chelimsky – a criança Jean-Louis

Música Original: Henry Mancini
Fotografia: Charles Lang
Edição: Jim Clark
Direção de Arte: Jean d'Eaubonne
Figurino: Hubert de Givenchy
Maquiagem:   Alberto de Rossi, John O'Gorman
Efeitos Sonoros: Bob Jones, Jacques Carrère, Allan Morrison
Efeitos Especiais: Wally Armitage
Áudio: Inglês/Francês
Legendas: Português (embutidas)
Duração: 113 min
Classificação: Não recomendado para menores de 12 anos por contém cenas de violência


                     Cena chave de Charada com Audrey Hepburn e Walter Matthau
                            

Curiosidades
- Sete estúdios recusaram o roteiro original de Charada. O roteirista Peter Stone decidiu transformá-lo em um livro, que posteriormente foi adaptado pelo próprio Stone para o formato de roteiro. Neste novo estágio todos os estúdios que haviam recusado o roteiro original estavam interessados em produzir o filme;
- Warren Beatty e Natalie Wood estiveram cotados para protagonizar Charada;
- Este é o 2º de 3 filmes em que o diretor Stanley Donen e a atriz Audrey Hepburn trabalharam juntos. Os demais foram Cinderela em Paris (1957) e Um Caminho para Dois (1967);
- O personagem Peter Joshua ganhou este nome em homenagem aos dois filhos do diretor Stanley Donen, que se chamavam Peter e Joshua;
- Cary Grant estava incomodado ao interpretar um personagem que se envolvia romanticamente com uma mulher que tinha idade para ser sua filha. Por causa disto Grant fez questão de que o roteiro deixasse claro de que era Regina quem seguia seu personagem, e não o contrário;
- De acordo com Audrey Hepburn, a cena em que sua personagem derruba sorvete na roupa do personagem de Cary Grant foi inspirada em um fato verídico, em que ela derrubou sorvete no ator durante um jantar;
- O homem que aparece conversando sobre um jogo de pôquer no elevador da embaixada é o roteirista Peter Stone, sendo que sua voz é a do diretor Stanley Donen;
- Refilmado como O Segredo de Charlie (2002);
- O orçamento de Charada foi de US$ 4 milhões.




0 O Pequeno Príncipe

O Pequeno Príncipe (The Little Prince), 1974, Paramount Pictures, musical


Inspirado no romance do francês Saint-Exupéry, o filme de O Pequeno Príncipe traz musicalidade ao livro de mesmo nome, conhecido mundialmente por sua simplicidade e inocência, que pode ser lido tanto por uma criança, quanto por um adulto.  É verdade que quando um filme é baseado em uma obra, geralmente acaba frustrando quem é conhecedor do livro. Entretanto, O Pequeno Príncipe completa o livro de modo encantador, Steven Warner dá vida ao principezinho e sua rosa é Donna McKchenie. Uma das cenas mais marcantes é a da dança da Serpente, onde Bob Fosse teria influenciado Michael Jackson em suas danças e coreografias. Um dos momentos mais belos do Pequeno Príncipe na terra é quando ele conhece a Raposa (interpretada brilhantemente por Gene Wilder) e se deixa cativar por ela. Eis aqui uns dos trechos mais belos do diálogo entre eles:
“E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? Perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa, disse o principezinho.- Após uma reflexão, acrescentou:
- Que quer dizer “cativar”?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos d uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo..- Mas a raposa voltou a sua ideia.- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando tiveres me cativado. O trigo, que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
E a raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
- Por favor... cativa-me! Disse ela.
- Bem quisera, disse o principezinho, mas não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? Perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mau-entendidos. Mas, a cada dia, te sentarás mais perto...No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração...É preciso ritos...... Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Quis, disse a raposa.
- Mas tu vais chorar! Disse o principezinho.
- Vou, disse a raposa.
- Então, não sais lucrando nada!
- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.


                                                   a Raposa (Gene Wilder) e o Pequeno Prícipe (Steve Warner)


O filme foi uma produção americana e não francesa, fato  que deixa alguns cinéfilos bastante curiosos. Nenhum diretor francês tentou filmar esta obra, infelizmente. Mas Stanley Donen (o mesmo diretor de Cantando na Chuva) usa toda sua sensibilidade para transformar este filme num clássico e como podemos ver, ele conseguiu.

Bob Fosse no papel de Serpente


o piloto  (Richard Kiley) e seu mais novo amigo

a tão amada e vaidosa Rosa do Principezinho, feita por Donna McKechnie

Ao assistir esse filme você passa a ser também o piloto, que ao conhecer o principezinho repensa valores quase esquecidos pelos adultos, como de amizade e amor. Sou bastante suspeita para falar, pois acho que O Pequeno Príncipe é um dos livros que leio desde pequena, mas recomendo bastante este filme/livro para quem ainda não esqueceu (ou não quer esquecer) a criança que já fora um dia.


                                                             trailer de O Pequeno Príncipe em inglês   
                                        

Direção: Stanley Donen
Roteiro: Alan Jay Lerner

Elenco:
Richard Kiley (Piloto)
Steven Warner (Principezinho)

Bob Fosse (Serpente)

Gene Wilder (Raposa)

Donna McKechnie (Rosa)

Joss Ackland (Rei)

Graham Crowden (General)

Victor Spinetti (Contador de Histórias)

Clive Revill (Homem de Negócios)

Áudio: Inglês

Legendas: Português

Duração: 88 min.

Classificação: Livre





Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...